21/01/2012 21:57
Por: Marcel Pedroza (Basketeria)
Uma história muito emocionante e surpreendente. É desta maneira que podemos explicar o caso do pivô Kevin Laue, que está em seu terceiro ano pelo Manhattan College. Dono de uma restrição de circulação de sangue durante sua gestação, o atleta nasceu com o braço esquerdo apenas até o cotovelo. Mesmo com a extrema dificuldade, Laue não desistiu e graças à sua persistência, já disputa há três anos a primeira divisão da NCAA.
Ainda quando criança, os pais de Kevin sugeriram que ele praticasse futebol, mas como não gostava do esporte, Laue recusou a proposta. Outra sugestão dada por seus pais, que foi prontamente negada, foi a colocação de uma prótese. O grande desejo do garoto era mesmo ser um atleta de basquete. E foi então, que ele começou a atuar pela equipe do Amador Valley High School. Logo em seu primeiro ano, o jogador foi eleito pela renomada revista Sports Illustrated como o “jogador mais empolgante de todo o basquete”.
Em seu terceiro ano no basquete colegial, Laue acumulou médias de 14 pontos, oito tocos e oito rebotes. Porém, no “ano da consagração”, a última temporada no high school, o atleta sofreu com uma lesão na perna e perdeu quase todos os jogos da equipe. Sua ausência no ano mais importante em sua trajetória no basquete não o fez desistir de seu sonho: receber uma bolsa em uma universidade da primeira divisão da NCAA.
Mostrando muita persistência e dedicação, Laue, que tem 2,10m de altura e pesa 104kg, foi para a Fork Union Military Academy, uma espécie laboratório para jogadores que não conseguem pular direto do high school para o college, em busca do seu objetivo. Lá, o atleta teve ótimos desempenhos e, com médias de dez pontos, seis tocos e 12 rebotes, logo começou a receber propostas de universidades de menor porte, principalmente da terceira divisão. Sem desistir de seu sonho original, o jogador permaneceu por mais um ano no time e então veio a consagração: convite de Manhattan College, universidade da primeira divisão da NCAA.
Em sua primeira temporada, Kevin não conseguiu ter muitos minutos de quadra, mas só o fato de estar em universidade da elite do basquete universitário norte-americano, com apenas um braço, já era motivo de orgulho para sua família. No segundo ano, Laue passou a ter mais chances na equipe e fechou sua participação na competição com o ótimo aproveitamento de 60% nos arremessos de quadra.
Agora, o atleta está em seu terceiro ano no Manhattan Collegee suas oportunidades de entrar em quadra ainda são bem poucas. Mas sua persistência e dedicação ao basquete, que vão ser tema de um filme, produzido pelo cineasta Franklin Martin, são um grande exemplo para todos os esportistas do mundo.
Confira o vídeo que conta a trajetória de Laue: https://lucasmergel.webnode.com.br/nba/noticias/
