Santos vence o Peñarol e se sagra tricampeão da Copa Libertadores

23/06/2011 17:00

Por: Arthur Barcelos

Ontem, 22/06/2011, o Santos Futebol Clube se sagrou o grande vencedor da Copa Libertadores da América 2011. Depois de um longo tempo sem vencer o torneio (a última vez foi na época de Pelé, em 63), ou seja, quase 48 anos sem o principal título existente no continente sul-americano.

Os méritos são de quem? De todos envolvidos nesse projeto do Santos. A diretoria conseguiu manter as estrelas do elenco, Neymar e Paulo Henrique Ganso, até pelo menos a final do torneio. E ainda trouxe outra estrela, jogador de Copa do Mundo, Elano, onde fez sucesso no próprio clube na época de Robinho e companhia. Junto com um excelente treinador, Muricy Ramalho, conhecido por sua competência, e um elenco de jovens misturado com alguns mais experientes, um time organizado, sem “crises”, com todos esses fatores, o Santos conseguiu alcançar seu maior objetivo na temporada, ao conquistar a Libertadores.

Do outro lado, um time que foi duramente criticado por sua postura em campo, mas que em minha opinião, não poderia ser tão criticado assim, afinal de contas é um time organizadíssimo, em principal na parte tática. Assim era o Peñarol da fase final da Libertadores, um time pragmático, “frio”, organizado e objetivo.

No jogo de ontem em São Paulo, no Pacaembu, o placar do jogo foi de 2 a 1 para o alvinegro praiano, o Santos. Bom, vamos agora ver como jogaram os times taticamente, no primeiro tempo, Santos no 4-3-1-2 e Peñarol no 4-4-1-1.

Ilustração: TaticalPad ()

Esperava-se mais do Santos no primeiro tempo, o meio campo não funcionou muito bem, Ganso deu alguns lampejos de seu futebol fino, Elano muito aberto na direita, o que atrapalhou em seu futebol e, Arouca sumido pelo lado esquerdo do losango do esquema tático santista, destaque para Adriano, que conseguiu “parar” em boa parte não só do primeiro tempo, como no jogo todo o craque do time uruguaio, o argentino Alejandro Martinuccio. O Peñarol que, deve ter surpreendido a Muricy devido ao comportamento do esquema tático uruguaio, onde avançou a marcação e compactou as linhas, dificultando ainda mais na criação de jogadas do Santos. Sendo assim, o time brasileiro apostou mais nas jogadas com os craques do time, Neymar e Ganso. Mas foi na bola parada que o Santos levou perigo, mas não as aproveitou.

No segundo tempo, tudo mudou logo no início da partida, Santos com outra postura, assim como o destaque da segunda etapa, Arouca, que fez uma linda jogada, onde passou por vários jogadores do Peñarol e ainda tabelou lindamente com Ganso, até dar um simples toque para Neymar fazer o gol.

Com o time melhor taticamente, o Santos dominou a partida, mas continuou pecando nas finalizações, principalmente com Zé Eduardo. E foi preciso que o lateral direito do time tivesse que fazer o gol, e que gol, Danilo marcou depois de ótimo passe de Elano.

O Peñarol, até então inativo no ataque, fez mudanças na equipe, que deram outra “cara” para o time ofensivamente, e conseguiu ainda diminuir o placar num cruzamento de Estoyanoff, onde o zagueirão Durval, até então o que mais dava segurança ao gol de Rafael, acabou fazendo contra. O Santos ainda conseguiu perder outras ótimas chances em contra-ataques perdidos por advinha quem? Zé Eduardo. Lembrando que essa era a última partida do atacante, que agora se mudará para a Itália, mais precisamente, para o Genoa. O Santos no finalzinho se fechou à espera do apito final do árbitro.

Tivemos ainda uma pancadaria no final da partida, que ainda não consegui saber o que por que da mesma, devido a falta de imagens, não temos ainda a certeza de quem começou toda a confusão, mas a o que fica é que os time ainda não aprenderam a vencer e, outras não aprenderam a perder.

Créditos: Blog "A Prancheta" (https://a-prancheta.blogspot.com)